Uma carreira repleta de sucesso e marcas históricas. É assim que podemos resumir a trajetória de Urias Crescente Alves Junior, o Tio Urias, na arbitragem goiana e brasileira. Natural de Morrinhos, interior de Goiás, Urias Crescente iniciou sua carreira como árbitro de futebol profissional na década de 1950, quando realizou o curso de arbitragem da Federação Goiana de Desportos (hoje Federação Goiana de Futebol), e, 5 anos mais tarde, integrou o quadro de arbitragem nacional através da CBD, hoje CBF.
De lá para cá somou feitos notórios como árbitro de futebol. Uma delas, foi ter sido o primeiro árbitro a atuar no estádio Serra Dourada, comandando o jogo de estreia do gigante goiano, em 1975, entre a Seleção Goiana e a Seleção de Portugal, vencida pela equipe goiana por 2x1.
Outra boa história da qual sempre se orgulhou Urias, foi o seu histórico de arbitragem em jogos onde Pelé esteve em campo. Foram 10 partidas apitadas pelo goiano onde o Rei desfilou seu talento inesquecível, sendo que, em uma delas, no estádio Olímpico de Goiânia, Urias Crescente foi presenteado por Pelé com sua camisa 10 autografada.
Além disso, foi o árbitro de carreira mais longínqua no futebol brasileiro, tento apitado profissionalmente até os seus 67 anos, se aposentando em 1993 e somando 40 anos de contribuição para a arbitragem e o futebol brasileiro. Apesar de deixar os campos oficialmente, Tio Urias se manteve sempre ligado ao futebol e à arbitragem, exercendo as funções de delegado de jogo, instrutor, observador e diretor de arbitragem da FGF.
Urias Crescente Alves Junior parte deixando um legado incomparável à arbitragem brasileira e goiana, se coroando como um verdadeiro craque do apito.